Psicopatologia
6/10/2003 1ª Aula Prática
Docentes da Cadeira
- Luísa Carrilho Regente
- João Mendes Ferreira Docente aula prática; Discussão de casos (do DSM IV, p/ ex.)
Docentes no Miguel Bombarda
- Isabel Fernandes
- Maria Antónia Cunha
Aulas práticas no Hospital Miguel Bombarda
Aulas práticas a partir de Novembro (15 em 15 Dias)
Avaliação
o Frequências ou Exame Final (75%)
o Trabalho em Grupo (25%)
o Nota mínima de 8 Valores
Assistência Obrigatória no Miguel Bombarda (Max 30% Faltas)
Relatório sobre um paciente (c/ avaliação qualitativa satisfaz/ não satisfaz; se não entregar o trabalho , o aluno é excluído)
Notas soltas
- Muita matéria / Cadeira difícil
- Estudar desde o início
7/10/2003 1ª Aula Teórica
(...cheguei atrasado...)
O desempenho do psicólogo clínico depende
- Compreensão da origem das crises
- Capacidade em explicar, aliviar, resolver, curar...
Níeis de an+alise
Descritiva
Identifica, descreve e classifica
Compreensiva
O que está por detrás dos sintomas
Etapas da evolução histórica
Pinel
Kraeplin
Freud Jaspers
Pavlov - condicionamento
Durkheim dimensão social
Modelos Teóricos
Biológico
Social
Comportamental patologia da aprendizagem
Psicanalítico conflitos internos incoscientes
Cognitivista-cogniçoes distorcidas
Desenvolvimentista
Fenomenológico uma maneira alterada de estar no mundo
Existencial consequência da estranheza e do afastamento do sujeito em relação a si mesmo
Métodos (.... a desenvolver na próxima aula...)
Clínico
Natureza Biológica
Natureza Social
13/10/2003 2ª Aula Prática
A Psicopatologia como :
- Desvio em relação ao normal
- Grau (exagerado) de determinados aspectos comportamentais
Ex: estar constantemente a falar sozinho
Qualquer traço de personalidade normal pode evoluir para uma patologia se executado num grau exagerado
O normal e o patológico são concepções abstractas de um continuum . Do normal ao patológico há uma série infinita de traços/ aspectos intermédios
A patologia também representa o equilíbrio possível, como resposta para uma situação ameaçadora, de sofrimento, etc.
A patologia é simultaneamente uma modalidade de sofrimento psíquico, mas também pode representar uma resposta a esse tipo de sofrimento.
Porém, há que ter em consideração o contexto cultural em que surgem os sinais externos; podem não ser sinais de doença, mas revelar aspectos culturais.
Ex: Um homem catalogado como doente, que dizia que era filho de um rei do Congo, a quem foi diagnosticado esquizofrenia, tinha de facto essa origem.
Ex: noutras culturas os filhos são sistematicamente cuidados pelos avós, sem que isto se revele patológico.
- Dificuldades de adaptação
Adaptação e sobrevivência no meio, em termos de realização pessoal, crescimento psicológico, bem-estar.
A patologia é tanto mais grave, quanto mais incapacitante for.
Ex: um pequeno sintoma obssessivo (ex: bater na madeira quando sai de casa) pode não ser preocupante, mas também pode revelar uma estrutura patológica que poderá desencadear perturbações mais graves num futuro.
- Incapacidade em estabelecer relações
É um sinal importante.
Pela positiva, revela um processo inter-subjectivo, pelo qual existe permeabilidade ao meio ambiente, interagindo com ele.
Não confundir o estabelecimento de relação com, p/ ex, débito verborreico de palavras, em que o doente ignora o meio ambiente e, pelo contrário, está essencialmente em contacto com ele próprio.
A continuidade relacional, assim como a densidade/ profundidade dessa relação revela indício de saúde mental.
- A Qualidade da expressão afectiva
A capacidade de expressão dos afectos é outro factor importante.
Será que a pessoa fala de experiências tristes.; fica mais entusiasmada quando fala de experiências alegres?
A expressão dos afectos é coerente com a natureza dos afectos relatados?
A pessoa tem insight ? e que grau de insight tem dos seus estados interiores (que também passam pelos afectos)
A pessoa tem consciência do seu estado de sofrimento psíquico?
14/10/2003 2ª Aula Teórica
INVESTIGAÇÃO EM PSICOPATOLOGIA
MÉTODOS
Método Clínico
Linha de Investigação - Estudo de casos individuais ou em grupo.
Técnica Entrevista clínica (observação consoante o modelo teórico do Observador
Métodos de Natureza Biológica
Linha de Investigação - Processos físicos subjacentes aos fenómenos psicopatológicos
(genética, anatomia patológica, neurofisiologia, neuroquímica, imunologia, etc..)
Métodos de Natureza Social
Linha de Investigação estudo das respostas sociais à perturbação mental : factores sociais de risco; efeito da mudança social sobre a psicopatologia
Técnica desenvolvimento da personalidade e as suas perturbações em diferentes contextos culturais, manifestação de estados psicopatológicos em diferentes culturas (a Prof. adora isto)
Métodos de Natureza Psicológica
Psicologia Experimental modelos experimentais dos estados psicopatológicos: stress, e psicopatologia privação sensorial e do sono,
Psicologia da Aprendizagem estudo de comportamento em relação a estímulos; condutas patológicas como resposta a aprendizagem
( Ciclo de vida período que medeia entre o nascimento e morte; existem determinados factores / acontecimentos que influenciam o rumo do desenvolvimento psíquico; o estudo do ciclo de vida é FUNDAMENTAL parta a compreensão plena do paciente.
Ex: num casal teria de haver o estudo de 3 ciclos de vida (homem, mulher, relação)
Sempre que há um nascimento de bebe, este é um facto influenciador da vida de casal.
Ex: morte de pais ou sogros; perda de emprego)
Psicologia da Desenvolvimento estudo de padrões de comportam, de pensamento e de funcionamento de acordo com diferentes etapas cognitivas (Piaget, Walon, Kolberg) e sua relação com as perturbações
Psicologia Cognitiva investigação da conduta patológica como distorção das estruturas cognitivas e/ ou construção de estratégias ineficazes
Psicanálise evidenciar o significado inconsciente das palavras, do comportamento e das produções imaginarias (sonho e fantasia)
Psicologia Fenomenológica e Existencial análise introspectiva e retrospectiva centrada das vivências e na existência Compreensão fenomenológica e qualidade existencial das vivências patológicas (estudo longitudinal, tranversal e biográfica)
ENTREVISTAS
Dimensões da Entrevista
Recolha de Dados
Técnica
Estado Mental
Diagnostico
Níveis de Estruturação
Estruturada
Semi-Estruturada
Aberta
Estilos de Entrevista
Directiva
Semi-Directiva
Não Directiva
Técnicas de Recolha de Dados em Psicopatologia
- A entrevista
É um instrumento de avaliação psicológica.
Tem como objectivo obter informação para diagnóstico e para posterior processo terapêutico.
A Entrevista requer:
- O estabelecimento de uma relação entre as pessoas
- Objectivos pré-determinados
- Papeis definidos entrevistador/ entrevistado.
- História clínica e observação do estado mental
- Sinais e sintomas de perturbação
- Provas de Avaliação Psicológica
- Testes de eficiência
- Testes de Personalidade
- Questionário e escalas especificas
Dimensão da Entrevista
Recolha de dados
Técnica
Estado mental
Diagnóstico
Níveis de estruturação da Entrevista
- Estruturada
- Semi-estruturada
- Aberta
Estilos de Entrevista
- Psicodinâmica
- Descritiva
Tipos de Entrevista
Entrevista de Recolha de Dados (p/ apresentação de caso)
Entrevista de Historia de Caso p/ apresentação na Supervisão
Sequencia histórico c/ processos neuróticos
Antecedentes e desencadeantes
Entrevista pré e pós-Testagem
(entrevistas de selecção)
Entrevista em final de Tratamento
Após internato ou em ambulatório
Conhecer o ponto de vista do doente em relação aos benefícios da sua alta
Entrevista de Pesquisa realizada com a permissão do paciente
ESTILOS DE ORIENTAÇÃO na ENTREVISTA PSICOLÓGICA
Psicanalítica
Centrada na psicodinâmica e nas estruturas intra-psíquicas
Centrada nas relações objectais e nas funções interpessoais.
Comportamental
Não considera as instâncias do aparelho psíquico (id, ego e superego)
Não valoriza a atitude empática do terapeuta
Não lida com constructos hipotéticos mas com o comportamento manifesto.
Cognitivista
Preocupa-se com a forma como ocorreram as etapas de desenvolvimento do sujeito e que aprendizagens lhe possibilitaram
Faz por vezes a síntese entre as perspectivas comportamental e psicodinâmica
Sistémica
Considera não haver uma causalidade linear entre o sintoma e a patologia
A psicopatologia individual desempenha um papel no funcionamento homeostático na família enquanto sistema.
Convém fazer um Genograma (em que se percebe as interacções familiares)
(ver Daniel Sampaio e José Gameiro ed. Afrontamento ... Terapia Familiar....
Entrevista Clínica
- Maioria das regras sociais de etiqueta não é aplicável
- Conversa centrada no paciente e predominantemente unidireccional
- Relacionamento profissional não intima (afectividade é diferente de intimidade)
- Limites de tempo, lugar e frequência da interacção
Fases da Entrevista
- Introdução
- Comprovação de Hipóteses
- Devolução ao paciente (...do que me disse , penso que..., parece que se passa insto..., etc, ...) faz com que o paciente sinta que o psicólogo esteve atento
- Final da Entrevista
Guião da Entrevista
Identificação do Paciente/Genograma
Queixas
Motivo da Consulta
Informação de outros clínicos
Historia da doença actual
História psiquiátrica anterior (se houver)
Historia medica
História social e personalidade pré-morbida
Historia familiar
Exame do estado mental
-----à Formulação do Diagnostico
Provas complementares de diagnostico
Electroencefalograma EEG
TAC
Testes
Testes de Aptidão
Inteligência (WISC, WAIS)
Aptidões especificas
Testes de Rendimento
Testes de personalidade
Projectivos
Questionário
Avaliação de Conduta
Testes utilizados em Neuropsicologia
Genograma
Informações básicas:
Número de casamentos, número de filhos
de cada casamento, ordem de nascimento e mortes;
Informações adicionais de interesse para a saúde;
Desordens familiares, alcoolismo, depressão, alianças e situações de vida: dominação, submissão, intimidade, isolamento, vida social, bode expiatório, desgarrados.
20/10/2003 3ª Aula Prática
(....cheguei atrasado......)
as psicopatologias e as formas de equilibração, como compensação homeostática nos inter-relacionamentos...
Importância a existência de critérios objectiváveis para a elaboração de bons diagnósticos. P/ ex: a comparação com critérios-normas
Na psicologia descritiva, descreve-se áreas da psicopatologia pela descrição dos sintomas... (ex: Psicopatologia da consciência, comportamento, etc...)
A descrição de uma situação, inevitavelmente subjectiva e/ou distorcida feita pelo observador é minimizada/evitada pelo recurso a objectivizações possíveis, do qual o diagnóstico é paradigmático.
O discurso é contínuo? Como se veste ? Vem sozinha? Como reporta o motivo da ida à consulta ? Tudo isto são indícios importantes para o diagnóstico....
Convém analisar a nossa reacção em relação ao paciente esses sentimentos não devem interferir no curso da relação terapêutica.
Objectivamente, deve-se descrever o funcionamento psicológico do paciente.
Há que adequar a linguagem do relatório ao destinatário-alvo; a linguagem tem que ser compree
21/10/2003 3ª Aula Teórica
Trabalhos:
Se no 1º Semestre Psicopatologia 1ª, 2ª Infância, Adolescência
Se no 2º Semestre Psicopat. Adulto (Neuroses, Psicoses, Perturb. Personalidade
RESUMO
Relação entre as pessoas
Há que ter atenção os processos de transferência e contratransferencia (rejeição do paciente)
Perguntas abertas para permitir ao paciente a conversa sobre o que ele pretende
Avaliação do estado mental
Orientação psico-dinâmica
Conflitos intra-psíquicos
Padrões de comportamento
Processos inconscientes
Orientação Comportamentalista
Analisa os sinais exclusivamente da área da perturbação
(Avaliar os pacientes é construir um puzzle)
Avaliar a capacidade de insight do paciente (quem não tem insight não é recomendado para Psicodinâmica)
Nível de Insight
Completo o paciente percebe que os sintomas decorrem da perturbação.
Parcial o paciente nega o impacto da sua doença em si próprio.
Sem insight negação completa de qualquer ausência de perturbação
(Estudar Bion) a capacidade de pensar capacita a tradução dos pensamentos na adequação à vida quotidiana
(Ver Winicott, Stern, Bowlby)
É a relação objectal envolvente que possibilita a capacidade de pensar .
Necessário idealizar o objecto de amor
4 dimensões da entrevista
Relação psicólogo-paciente
O Quê, Onde, Quando, Porquê
Técnica o paciente reproduz com o paciente a relação c/ os pais. Perguntas abertas:
Porque Pensa que isso aconteceu...?
E o que é que respondeu ...?
Análise do estado mental é feito no desenrolar da entrevista:
Respostas claras/confusas
Ritmo do discurso (acesso à memorização)
Simpático/agressivo
Desconfiado?
Ideias bizarras ? se Sim podemos começar a delinear cenário psicótico
- Desde quando sente isso ?
- O que é que quer dizer com isso?
- Penso que estou a compreender o que me está a dizer...!
- Pode dar-me um exemplo ?
Fases Entrevista
Abertura preparação
Entrevista propriamente dita
Final preparar o final, sumarizar, valorizando um dado que possa ter sido importante
Sinais
Locomotores/ territoriais - o paciente mexe nas coisas do Psicólogo (paciente intruso)
Paciente intruso
Paciente tímido evita o contacto
Visuais ex: o paciente durante a entrevista não há luz ao fundo do túnel...
Quinestésico ...sinto-me fechado...
Auditivo ...há um barulho constante...
Abstracto ...sinto-me deprimido..., menos energia que o habitual....não tenho iniciativa, ....culpado....
Que sintomas pode ter (ex:)
- Falta de apetite
- Dores (abdominais, cabeça)
- Dificuldade em levantar-se da cama (ex: podia ser depressão...)
- Bulimia , Anorexia (...idem...)
- Stressors
- Problemas conjugais
- Dificuldades no emprego (despedimento, reconversão,...)
Qual o sofrimento do paciente
Depois das histórias:
Como é que se sentiu ? (mostramos interesse, à incentivo à comunicação
Qualidade dos afectos (raiva, tristeza, ...)
(O 2º motivo porque se escolhe o Psicoterapeuta é pela empatia)
INSIGHT
Insight Completo os pacientes percebem os sinais como resultantes de uma desordem; (muito nos neuróticos
Insight parcial esquizofrenias, depressões major, abuso de substâncias.; algunms destes doentes utilizam terminologia psiquiátrica.
No caso dos pacientes sem insight o paciente não percebe muito bem porque lá está; nestes casos não convém falar directamente de sintomas reportados por outrem.
É necessário estabelecer a aliança terapêutica à o paciente tem que sentir que há empatia.
Não vale a pena proceder a explicações aos pacientes sem insight.
Os pacientes têm de sentir a aceitação incondicional do terapeuta
Os psicólogos têm de transmitir confiança aos pacientes (dar a entender que se sabe do que o paciente fala)
No discurso, analisar
- Articulação
- Ritmo
- Fluência
- Tipo de pensamento
- Que palavras
- Estruturação das frases
- Afecto que transmite
Tipo de pensamento
- Demasiado concrto
- Inclusividade excessiva (falar de muitas coisas para uma afirmação simples)
- Circunstancialidade perdem-se em inúmeros detalhes
- Perseveração repetir muitos vezes as mesmas frases
- Verberação repetição automáticas de frases , especialmente no fim (ex: esquizof. Catatónicos)
- Descarrilamento dá respostas totalmente descontextualizadas
SINTOMAS
Pacientes que necessitam de diagnostico e tratamento imediato (muito. Importante.)
- Tendências suicidas e homicidas
- Condições orgânicas que contribuem para o desenvolv de desordens cognitivas
- Álcool e outras substancias
- Psicose Alucinações , ilusões que quebram a relação do paciente com a realidade e o tornam vitima de um pensamento irracional e de uma percepção irrealista
Avaliar também o nível de energia do paciente
Importante perceber quantas vezes um paciente elabora sobre um tópico novo (há pacientes que falam sempre do mesmo assunto)
Ex:
Depressivos não planeiam e não decidem
Obsessivos preocupam-se com a sua indecisão e repetem o checklist.
Maníaco iniciam imensas coisas e concluem só algumas
Fóbicos restrições de vários tipos de evitamento
Perturbações da Personalidade (nomeadamente anti-social) parecem activos, mas tiram mais prazer das situações do que produzem
Esquizofrénicos
(Setting Terapêutico espaço onde ocorre a acção terapêutica.)
Motivo da Consulta Porque vão as pessoas à consulta?
Como posso ajuda-lo?
O que posso fazer por si ?
Relativamente ao exame do estado mental (avaliar:)
- Raciocínio
- Pensamento
- Juízo
- Memória
- Concentração
- Fala
- Audição
- Percepção
Avaliação do estado mental
Observação
Aparência
Consciência
Comportamento Psicomotor
Conversação
Atenção e Concentração
Discurso e pensamento
Orientação
Memoria
Afecto
Exploração
Humor
Energia
Percepção
Pensamento
Sintomas médicos inexplicáveis
Insight
Julgamento
Depois do Diagnóstico há que intervir terapeuticamente
As intervenções podem ter diversas perspectivas:
Normal e Patológico
- Critério estatístico o que aparece com mais frequência
- Critério médico normalidade como saúde, esta como ausência de sintomas
- Critério sociológico normalidade como adaptação social
- Critério psicológico normalidade relacionada com:
- Consciência de si
- Percepção da realidade
- Capacidade de autorealizaçao
- Resistência à frustração autonomia
- Competências sociais
- Critério psicodinâmico normalidade como equilíbrio entre as forças psíquicas, conscientes e inconscientes.
Modelo Psicanalítico do funcionamento mental
1ª Tópica
§ Inconsciente
§ Pré-consciente
§ Consciente
2ª Tópica ou modelo estrutural
§ Id pulsões do sujeito; o id pode ser controlado pela estruturaç´ão do ego
§ Ego
§ Superego
O Fiuncionamento mental do sujeito decorre da estruturação que fez da problemática da sua infância
3 linhas estruturais (Bergeret)
- linha estrutural psicótica
- Linha estrural neurótica
- Linha estrutural borderline
Quem ficou preso na fase oral pode vir a desenvolver esquizofrenia (não teve acesso ao desejo infantil)
Na fase anal pode desenvolver Paranóia aqui não maisode haver neurose
Na fase fálica pode desenvolver Neurose Obssessiva (o que vou fazer para....ter o pai ou mãe) Fase do principio da realidade
Na fase do primado fálico
Na fase de latência - inibição dos objectivos sexuais
Na fase do primado do genital
Na divided line (ver esquema) fica a border line (os pacientes mais difíceis toxicodependentes, delinquentes, ...)
Para trás (fases anteriores) ficam os psicóticos não tiveram acesso à estruturação do Édipo
Na parte de baixo (do esquema apresentado na aula) ficam os neuróticos
Análise do EU (Ver Scharfter)
- Eu Fraco perturb. Diversas da personalidade mais Neuroses
- Imaturo perturbações narcísicas, infantilismo
- Fragmentado Perturb estado-limite de personalidade
- Clivado- destruído esquizofrenia
Tipos de Macanismos de Defesa
- Neuróticos recalcamento, condensação, sublimação, regressão e formação rwactiva
- Psicóticos clivagem do ojecto, identificaçao projectivo, controlo omnipotente do objecto
- Estados limite forclusao, negação da figura materna e negação do sexo da mulher
Tipos de Relação Objectal
- Neuróticos relação objectal genital
- Psicóticos não há diferença entre objecto e sujeito:;relação simbiótica
- Estados limite relação anaclitica (Spitz); dependência do outro para viver
Tipos de Angústia
Neuróticos angustia da castração (conflito edipiano)
Psicóticos angustia da fragnentaçao, de explosão
Estados Limites angustia de perda do objecto; angústia de abandono
Conflito entre instâncias
Neuróticos Conflito entre o eu e o super-eu
Psicóticos Conflito entre o Id e a Realidade
27/10/2003 4ª Aula Prática
(...os alunos escreveram um caso clínico ficcional para ser representado na próxima aula...)
28/10/2003 4ª Aula Teórica
Conferencia
01/11/2003 - 5ª Aula Teórica
Psicopatologia da Consciência (ver Scharfter)
Consciência - conjunto de memorias psicológicas que num determinado momento permitem o conhecimento do próprio eu e da vida exterior.
Consciência:
Objecto
Si
Mundo real
Eu
Realidade
Self
No caso das patologias (Bergeret - psicose, borderline e neurose) é importante determiná-las
Consciência
· Quanto à forma
· Quanto ao conteúdo - o que a cosnciencia capta e se o que capta é perturbado
Perturbações do nível da consciência
Hipervigilidade - insónia, estados maníacos, ingestão de substancias
Hipovigilidade- dificuldade em realizar tarefas, falas da memoria, discurso incoerente
Perturbações qualitativas da consciência
· Estados confusionais - "simples" - fase em que o sujeito se anguststia face à confusão que sente em relação aos outros, falhas de memória....
· Estados confuso-oníricos - vê objectos que não existem; alucinações;imagens visuais como se estivesse a sonhar, ....
· Estados crepusculares - estreitamento do campo da consciencia
· Estados oniroides - o imaginário já está lado a lado com o real
Perturbações do conteúdo da consciência
Eu corporal - vivência neurótica do corpo ;
Dismorfofobias - preocupações ansiosas com partes do corpo (consciência estética do corpo - angustia de que partes do corpo sejam deformadas ; ansiedade resulta numa depressão - anorexias e bulimias
Hipocondria - "psicótica" - sente que há ausência de um orgao do corpo ou que o corpo esta morto
Eu psíquico -
Perda da unidade do eu - deixa de se experienciar como uma unidade; sente que ele é partes ; acredita no delírio e obedece-lhe
Despersonalização - (........perdi informação.........)
Realidade externa -
Desrealização -
(...... perdi a informação ...... problema técnico)
As figuras parentais são demissionárias na cultura ocidental.
As crianças ficam sem modelos de referência, identificando-se aos heróis de TV, normalmente perversos e delinquentes.
(na delinquência e toxicodependência há indícios de patologia borderline, normalmente) - existência de pais ausente e/ou demissionários.
Crianças que fortemente se identificam com "marcas", poderão estar carentes de objectos "correctos" de identificação...
Diminuição Quantitativa da Consciência
Obnubilaçao - afecção discreta, sonolência, falta de espontaneadade. O paciente compreende ainda ordens simples e são escassas as manifestações verbais
Sonolência - muito apático, lentificado e sonolento; articulação de palavras difícil...
Estupor - muito apático, apenas com esforço se consegue despertar (sacudir ou beliscar); não ha manoifestaçoes verbais; respiração lenta,
Pré-coma - não é possível despertar o paciente; tónus muscular intensamente diminuído
Coma - destingue-se reflexo palpebral e à luz.
PSICOPATOLOGIA DA ATENÇÃO
Atenção - preparação e adaptação da consciência e da orientação para algo que se encontra no horizonte da percepção
Orientação activa ou passiva da consciência para algo que se experimenta
Perturbações da consciencia Da atenção à p. Da memoria.
As perturbaços da consciência motivam frequentemente as da atenção, as quais podem originar perturbações da memória
Concentração - persistência concentrada da atenção
Patologia da Atenção
· Falta de atenção e perturbação da concentração
· Estreitamento da atenção
· Oscilações da atenção e da concentração.
Perturbações quantitativas da atenção
Volume
Hipoprosexia - sujeito desligado do exterior - diminuição da atenção
Hiperprosexias - voltado excessivamente para si mesmo - típico dos quadros depressivos
Estabilidade
instavel - distrai-se nos estímulos ambientais (álcool, crianças, estados maníacos)
Oscilações
· Atenção dispersa
· Atenção indiferente - qnd não presta atenção aos estímulos (agradáveis ou desagradáveis)
·
Perturbações Qualitativas da atenção
Frustração do objecto - não há resposta afectiva do objecto que possa potenciar a atenção do sujeito
Perplexidade anormal - o excesso de atenção face a preocupações que causam uma perplexidade anormal (ex: a mãe vai ao jardim com a criança, mas não hopuve nada do que outra pessoa lhe diz, porque está sempre a tomar conta da criança...)
ORIENTAÇÃO
Processo psicológico que diz respeito à capacidade de aprensao da realidade em que o sujeito se encontra a si mesmo
Tipos de orientação
Orientação objectiva
Temporal
espacial
alopsiquica - a identidade dos outros autopsiquica - qual é a sua identidade face aos outros??
Orientação subjectiva
Vivência do tempo - tempo passa devagar - depressao
Vivência dói espaço - o chão a fugir - ansiedade
Perturbações orientação objectiva
Desorientação
Temporal
Espacial
Pessoal
Situacional
Falsa Orientação
Perturbações da orientaçao subjectiva
Tempo vivido
Aceleração - anfetaminas, LSD/lentificaçao - depressões graves, esqizofrenia/vazio - melancolia
Espaço vivido - alterações do espaço afectivo
11/11/2003
Psicopatologia da Memória
Memoria Conjunto de processo psicológicos que consistem na capacidades de fixar e de reter os factos, com a possibilidade subsequente quer do seu esquecimento quer da sua evocação ulterior
Processos de Memória
Fixação quando repete algo que foi anteriorente dito (????)
Evocação
Dimensão Temporal da Memória
Memória imediata
Memória curto-prazo
Memória Longo Prazo
Estim Externos àMemória Imediata à Memória Curo Prazo à MLP
Na memória imediata há faha no sistema repercute-se nas outras memórias
A memória imediata tem função de esquecimento
MCP evoca ou fixa conteúdos por momentos ou horas
MLP aquilo que se confunde com a sua história
Patologias
MI pertub. Originada por artero-esclerose normalmente
MI e MLP a funcionar c/ MCP perturbada Sujeito não consegue adaptar-se ao quotidiano
Na MLP há causalidade de traumatismos cranianos, normalmente. O traumatismo afecta o sistema central e a memória a longo prazo
Perturb. Quantitativas da Memória
Hipermnésia aumento de memoria de evocação; há formas simples em que estados de excitação estão ligadas a hipervigilidade e a formas particulares alucinatórias, sistematizadas; existe facilidade de fazer cálculos
Existe certa experiência maníaca; recorda experiências recentes com bastante intensidade; associada a manias obcessivas
Hipomnesia perda da memoria a nível da fixação / evocação.
Amnésia diminuição total da memória. Perda total de recordações relacionadas com detreminados conteúdos de acontecimentos
PERTURBAÇOES QUALITATIVAS MEMÓRIA
Alamnesias acontecimentos do passado são evocados como presentes; ex: em situações de carácter afectivos, em que sobressai traumas
Paramnesias - / amnésias lacunares perde o fio à meada, pega noutro sitio e fica discurso inverosímil
Criptomnesias sujeito faz falso reconhecimento (déja vu);
Ecmenésia o sujeit diz que objecto conhecido não é familiar
CRITÉRIOS CLASSIFICAÇÃO AMNÉSIAS
Origem
Primaria alteração primordial processos mem
Secundaria ex: postrauma , depopis de coma o sujeito não se lembra de nada do acidente
Intensidade
Total não se lembra de nada
Parcial lembra-se de alguma coisa
Extensão
Massivas o período de vida que a amnésia apanha, é grande.
Lacunares ex: alcoolicos
Sistematizadas de nível afectivo; verifica-se nas pessoas violadas (ex: violações)
Causas
Orgânicas- traumatismos, arteroesclorose, etc
Psicologias Psicopatologias histérica, de casos ansiosos
PSICOPATOLOGIA DA PERCEPÇÃO ( a prof. gosta deste tema)
Percepção tomada de consciência dos dados sensoriais concretos e manifestos dos mundos interno e externo
Pressupõe processamento de informação
Depende de capataçao de estímulos a que atribui significado de acordo com os símbolos internos.
O comportamento do sujeito enquanto conjunto de respostas depende da maneira como ele capta o mundo exterior...
É importante que o sujeito distinga o real do imaginário; se não distinguir entra buma sitç psicótica ( com alucinações percepções sem objecto)
Sempre que haja perturaçao da percepção , o seu comportamento pode parecer inadequado.
O juízo é a tomada de posição entre o real e o imaginário.
Notar que também há pessoas que não têm capacidade de imaginar por não poderem imaginar relações precoces deficitárias
O estádio emocional interfere na percepção, com aumento do nível de ansiedade
Perturbações Quantitativas da Percepção
Hiperpercepção o sujeito capta mais estímulos de forma mais intensa que o normal; diminui limiar perceptivo; capta mais estimulços -; estado s de excitação maníaca, hipervigilidade
Hipopercepção diminuição das percepções ; doenças orgânicas, estados depreseivos, demências, estados confusionais
Todas as perturbações que tem défice cognitivo, normalmente conduz a défice ao nível da percepção ex: demências
PERTURBAÇÕES QUALITATIVAS DA PERCEPÇÃO
Estranheza do percebido estado de desrealização (psicose) ; o mundo exterior era conhecido pelo sujeito e ele agora não percebe porque o mundo mudou ; os processos ocorrem com estranheza
Divisão da percepção aparecem estímulos divididos apresar de virem do mesmo objecto
Deformações espaciais causas psicológicas; ex: aumento das dimensões
Ilusões a percepção real é deformada pelo sujeito que o percebe. A percepção é adulterada
Alucinações
Ideia errada o juízo que o sujeito faz é errado
Percepção delirante o significado atribuído está perturbado (objecto real existe)
Alucinações Objecto não existe. O Sujeito acredita na iliusão; o que lel ve e ouve é real; são uma das perturnbaçoes que caracterizam os estados psicóticos.
Psicosensoriasis
Visuais
Auditivas
Olfactivas e gustativas~
Tácteis
Térmicas e Dolorosas
Cinestésicas ou corporais
Cinestésicas ou motoras
Psíquicas ou pseudo-alucinações
Verbais
Psicomotoras Verbais
Visuais (???) deve estar aqui , ou só na classe de cima ?
Teorias
Teorias Organicistas Alucinações são emersão de informações armazenadas que emergem devido à desorganização provocada por factor orgânico
Psicodinâmicas são a representeçao do impulso reprimido não descarregado no momento adequado.
PERTURBAÇÕES DO PENSAMENTO
Pensar implica ter trabalhado a afectividade (Ler BION Ver bibliografia)
É através da função de maternage que a mãe ensina o bebe a pensar. Se não existir a função de pensar os pensamentos, a criança não aprende a funcionar.
Se não pensa os pensamentos, não consegue expressar-se
Pensar organizar as realidades materiais e imateriais relativas a nós mesmo e ao nosso mundo
A linguagem resume o pensamento em palavras (símbolos) e está por isso ao serviço da função ordenadora do pensamento.
Pensar implica:
Explicar as causas
Planear actividades
Tomar decisões
Formar juízos
O Pensamento inclui:
Concentração/Reflexão / Conhecer e reconhecer/ordenar e inter-relacionar por categorias lógicas.
Perturbalçoes formais do pensamento
Acereleração
Lentificaçao
Prolixidade quando o sujeito apresenta excessivos detalhes, pouco relevantesa
Circunstancialismo não consegue chegar ao fim da ideia principal
Perservaçao
Bloqueio interrupção do pensamento (esquizofrenia)
Desagregação não há fio condutor (ex: pert. Psicóticas
Incoerência entre partes que constituenm as frases; não existe lógica estados confusionais e confuso-oniricos.
PERTURB CONTEÚDO DO PENSAMENTO
Ideias obssessivas luta interna; imposição contra a vontade do sujeito; resistência aos esforços do sujeito; ideias são estranhas ao eu:; quanto maior o esforço para afastar, masis se impõe.- quadros obssessivos compulsivos;
Processo psiclog icsos relacionados c/ objectos percebidos (ex: cor preta mote
Processo psicológicos relacionados c/ recordações memorias que voltam sempre
Relacionados c/ fantasias ideias obssessiovas de contraste; vivência intensa de culpa
Ideias obsessivas compulsivas ligadas à compulsão de verificação
Ideias obssessibas-fobicas ex: compulsão à lavagem; sensação de contaminaçao
Obssessivas puras invasão do pensamento do sujeito.
Ideias delirantes não ha luta interna
Reflecte fenómenos que não aconteceram ou deformações de outros acontecimentos
São experimentadas com a convicção subjectiva de ideias verdadeiras.
Afastam-se da realidade do sujeito e do seu grupo sócio-cultural
Falta de critica do sujeito, não sendo modificaves nem pela experiência nem pela argumentação lógica;
Ex: Temas de influencia ou acção de exterior sensação de perda de unidade do eu; o sujeito diz que não consegue dormir porque eles não deixam
Auto.relacionamento
Tema de grandeza sentinmentos de omnipotência
Tema do ciúme acham que estão sempre a ser traídos
Místico-Religioso o sujeito é o personagem principal de um mito divino.
manter-se aberto a questões , compreender significados , dotar de sentido
As perturb do pensamento não devem ser consideradas isoladamente , mas como uma expressão de uma afecção global