MÉTODOS DE INTERVENÇÃO INDIVIDUAL
7/10/2003 1ª Aula
Alexandra Seabra Docente
Psicóloga Clínica
Coordenadora Centro Psicologia. Clínica Centro Hospitalar de Torres Vedras
Avaliação
- Frequências/ Exame 50%
- 4 Relatórios (c/ guião 50%) 2/semestre relatórios críticos de textos (c/ apresentação em aula);
- Relatórios (Max. 10 págs.) entregues no último dia de aulas (sob pena de chumbar à cadeira)
· É necessário reflectir sobre os modelos teóricos que aprendemos.
· É frequentemente pedido o estabelecimento de comparação entre modelos.
14/10/2003 2ª Aula
Avaliação
I - 4 Relatórios críticos em relação a relatórios que irão ser entregues (50% da Nota)
1- até ultima aula de Dezembro
2- até final das aulas
3- na Páscoa
4- no último dia de aulas
II Exame (50%)
Uma boa revisão bibliográfica é fundamental
O Programa já está na Reprografia
(...leitura do Programa...)
Livro Importante Entrevista clínica e psicoterapia de apoio Isabel Leal
A Psicoterapia é caracterizada antes de mais por uma atitude particular do terapeuta. Esta atitude pode ser definida como uma escuta empática simultaneamente atenta, profunda e neutra do discurso do paciente.
Esta escuta, que transcende o sintoma tem como objecto conduzir o paciente à elucidação e à tomada de consciência da responsabilidade da sua história pessoal.
O sintoma aparece, no entanto, como uma posição de retirada ou de fuga da existência na sua negociação contínua com o real.
O fim a que se destina a psicoterapia é permitir ao paciente tratar uma nova negociação, precisamente através da relação com o terapeuta.
Aparecendo então como protótipo singular e apurado de todas as relações intra-pessoal (humanistas); na relação terapêutica ideal, não existem tabus.
Qualquer Psicoterapia é largamente devedora às grandes Teorias
PSICOTERAPIA
Etimologicamente , Psicoterapia = método especifico para atingir um objectivo que é a arte de curar a alma.
Em sentido lato Todo e qualquer método de tratamento em que uma técnica de natureza comunicativa e relacional, com orientação colectiva ou individual é utilizada para aliviar o sofrimento.
Pratica terapêutica que permite modificar os sintomas, os sentimentos, os processos de pensamento e até o comportamento de um individuo por intermédio da comunicação e da relação interpessoal
Regras Empíricas Comuns:
- Comunicabilidade linguagem e sistema de sinais
- Influenciabilidade Poder e influência há sempre uma relação assimétrica na relação; existe sempre alguém (o paciente) que procura ajuda no poder do terapeuta
- Autenticidade - atitude em sintonia com neutralidade e de confiança a mentira é o que pior pode acontecer na relação terapêutica; o sistema verbal e não-verbal na comunicação têm de estar em perfeita sintonia. Caso contrário, o paciente apercebe-se disso; isto é particularmente importante na relação com as crianças, cuja imaturidade cognitiva se socorre prncipalmente dos aspectos não-verbais.
- Meio cultural Integra as regras de acordo com conteúdos tradicionais.
Tipos de Psicoterapia
Psicoterapias leigas não reconhecidas pela Psicologia
Psicoterapias Científicas atitude relacional com critérios e objectivos
- Orientação analítica
- Orientação não-analítica
Atitude do Terapeuta
o Não Directiva
o Directiva
TRABALHO NA RELAÇÃO
O Espaço
o Insonorização
o Ambiente (cor, móveis, disposição, envolvimento) cores neutras, Luz indirecta, para criar um ambiente envolvente.
o Luz
O Tempo
o Duração da Sessão deve ser pré-estabelecido com o paciente (50-60 minutos na privada, geralmente); o tempo é das pessoas
o Tempo dar uma ideia do tempo que a terapia poderá demorar.
o Atrasos e Faltas Nunca chegar atrasado; o atraso do paciente é tempo que tem de ser roubado a ele próprio.
o Fim da Sessão deve ser cumprido o tempo destinado; há excepções( p/ ex: o paciente está a fazer catarse ou debilitada emocionalmente -> há que a recuperar e depois finalizar a sessão)
Marcação da Primeira Entrevista
o Dados prévios à entrevista
o Quem marca o próprio ? o pai ? a mãe?, médico de família, escola?
o Quem envia
o Horário
o Condutas não-recomendadas - mandaram-me, estou bem e sem indicações.
Resistências (defesas em relação à mudança)
Quantidade e Qualidade do discurso
Intervenções
Pergunta o que é que aconteceu
Sugestão então, o que está a dizer é que ...
Contestação então tudo é mau ?!...
Declarações - adoptar uma atitude pedagógica
Focalização colocar a tónica, dirigir e canalizar
Canalizar - ...
Ecoar- ...
... estes temas irão ser desenvolvidos ao longo do ano...
Neutralidade do Terapeuta e Privacidade
Sigilo Total
Reacção terapêutica negativa pode existir uma dificuldade de relacionamento por parte do psicólogo em relação ao seu paciente.
Contra-transferência situações que após a transferência do cliente (devido a situação do terapeuta não resolvida) o terapeuta transfere para o paciente.
21/10/2003 3ª Aula
Depois do Diagnóstico:
Terapias
- Apoio Psicoterapeutico / Aconselhamento acompanhamento focalizado em determinadas emoções disfuncionais
- Terapia diferenciada
- Intervenção em equipa (médica/escolar/psiquiátrica/judicial)
- Diagnostico Psicológico (exame Psicológico) normalmente utilizada c/ crianças/adolescentes com dificuldades de aprendizagem.
- Orientação Vocacionada no 9º ano todos os alunos têm de fazer este tipo de testes.
- Encaminhamento
Terapia
- Estabelecimento de um contrato terapêutico pode ultrapassar o próprio utente e ser trabalhado com outros intervenientes do processo;
- Aliança Terapêutica/ Relação empática a criação de uma relação de confiança e segurança onde o sigilo é absoluto
- Supervisão pode ser feita a diferentes níveis; factor nãoº 1 para prevenir o stress profissional do psicólogo.
§ Trabalho em equipas de psis olharem em conjunto para um determinado caso à importante em termos éticos, de sentido de saúde mental do terapeuta; elimina frustação (p/ ex: se só se trabalha com doentes terminais...)
§ Supervisão em Sociedades Científicas -
- Silêncios - pode ter diferentes significados (resistência à mudança, dificulfdades de expressar emoções associadas à situação - ) ; Podemos tentar (c/ empatia) estratégias para encorajar o paciente a verbalizar.
Atitudes perante
Prendas não aceitar a prenda que tenta comprar afeição; se se aceitar é necessário trabalhar com a pessoa (verbalizar e descodificar) o simbolismo da prenda
Permissividade deve-se tentar sempre tratar por você. Evitar os beijos (excepto nas crianças, ou idosos fragilizados que os permitem) ;
Também convém adequar o vestuário à situação.
Reacção à descarga emocional devemos promover a catarse emocional. E dar espaço, mas depois...há que falar sobre o que aconteceu.; têm de ser trabalhadas situações de sensibilização / emoção do terapeuta nas reuniões de supervisão e de repensar se estamos adequados para aquela terapia
Cartas e Cassettes -
Apontamentos
Interromper Sessões
Fumar
Apresentação/ Expressão / Cumprimentos e tratamento
Aconselhamento
Processo interactivo caracterizado por uma relação única, entre conselheiro e cliente que leva o utente a mudanças:
- Comportamentais
- Comportamento
- Constructos pessoais ou preocupações emocionais relacionados a essas percepções
- Aumentar a capacidade para lidar com situações de vida adversas
- Conhecimentos e habilidades para tomar decisões
Atitudes e Comportamento do Terapeuta
- Capacidade para estabelecer uma relação de ajuda de forma a proporcionar o crescimento
- Permitir a exteriorização de sentimentos, num clima de segurança e confiança
- Transmitir interesse e respeito pela pessoa que procura ajuda
- Fazer-se respeitar
- Possuir cultura geral, com conhecimentos específicos de algumas áreas de especial valor para o cliente
- Procurar compreender os compromissos sem impor julgamentos de valor , tentando integrar os pensamentos em sistemas ao trabalhar o papel problemático da identidade especifica de uma pessoa (ex: mãe) estar consciente da interacção noutros sub-sistemas (ex: amante)
- Identificar padrões de comportaento conraproducentes, ajudando a pessoa a substituí-lo por padrões gratificantes
FASES DO ACONSELHAMENTO
- A descoberta inicial
A tomada de consciência das características do paciente e das suas experiências. Esta descoberta por vezes tem de ser induzida pelo conselheiro, provocando e estimulando a comunicação (verbal e não verbal) não fazendo ou dizendo coisas que bloqueiem a comunicação (dar conselhos, dar aulas, questionar excessivamente e expor-se demasiado) e tomando contacto com o material relevante ;;; Ex: mandaram-me, está tudo em comigo
- Exploração/relação
Capacidade de fomentar a capacidade de insight desenvolvendo a exploração de temas, preocupações e problemas clarificando os objectivos de aconselhamento. Fomentar a relação através do feedback. Existem várias técnicas de estruturação e condução de aconselhamento.
Sugestão Induzir ideias ou sentimentos de forma a produzir modificações, ou seja sugerir cenários alternativos ao do cliente.
Securização Quando o terapeuta utiliza a tranquilização e reforça a auto-estima através da expressão da concordância com uma ideia, pensamento, atitude ou decisão
Aconselhamento Explicação, sugestão ou recomendação por parte do terapeuta, de atitudes ou decisões do cliente com vista a reforçar aspectos saudáveis, reduzir sintomas ou evitar crises.
Catarse Conduzir o cliente à expressão de emoções e sentimentos
Educação Intervenções do terapeuta com carácter pedagógico e informativo sobre assuntos ou situações que são relevantes para o cliente
Clarificação reforçar as defesas do cliente com o objectivo de alívio e sintoma através da melhoria da capacidade de controlo, ou seja, permitir ao cliente entender os seus sintomas, afectos, atitudes e aspectos da realidade e a relação entre tudo isso, integrando novos processos mentais, dando maior controlo e diminuindo a ansiedade.
- Preparar para a acção
Após a identificação e clarificação do problema existem varias possibilidades que se devem reflectir na acção do cliente
- Termino da Relação
Deve-se facilitar a autonomia com o aumento da auto-confiança do cliente, assinalando as suas mudanças possíveis. Trabalhar a resistência à separação , tanto por parte do cliente como do próprio terapeuta, informando sobre a sua disponibilidade futura, sempre que necessária
28/10/2003 4ª Aula
1º Relatório entregar até 16/12
Grupos até 4 elementos Trabalhar o texto na aula (ler e reflectir), sendo o relatório final entregue até 16/12;
Há 2 textos para 2 temas ; Cada grupo apenas escolhe 1 texto de cada tema para trabalhar/apresentar.
Livros Recomendado Vocabulário de Psicanálise Moraes Editores
04/11/2003 4ª Aula
(ver aula do ano passado)
PSICANÁLISE
Principio do determinismo ou causalidade psíquica
A retrospectiva temporal (no espaço intemporal)
A causalidade determinada nas relações precoces
Actos falhados
Resulta de um fenómeno de compromisso entre uma pulsão inconsciente recalcada e uma intenção consciente (permitida socialmente).
Sonhos
Conteúdos manifestos
conteúdos Latentes
~
Sonho infantil
Realização alucinatória do desejo
Desenvolvimento Libidinal
M. Klein faz a clivagem entre o bom objecto a mama reconfortante e o mau objecto a mesma mãe que nem sempre atende às exigências do bebé.